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Indicadores, eis a questão...

Inicialmente, quando comecei a ler sobre investimentos, bolsa de valores e como poderia aplicar meu dinheiro comprando ações, fiquei com a impressão que a questão de indicadores era desnecesária para investimentos de longo prazo. Pois a maioria dos livros que estava lendo à época, e alguns amigos que comentavam a respeito, sempre seguiam na linha de estudar e escolher uma empresa sólida, com perspectivas de longo prazo, e aplicar o dinheiro comprando ações destas empresas. Então, seguindo este raciocínio, não fazia muito sentido esperar para comprar ações de uma Apple, Microsoft, Google, Amazon e etc, pois quem comprou USD$50.000,00 em ações de uma destas empresas, 5 ou 10 anos atrás, não importa se foi em Janeiro ou Dezembro de 2008, hoje recebeu um retorno absurdo deste investimento.

Hoje já entendo que estava errado, pois embora no exemplo acima, o retorno tenha sido realmente muito bom neste período de 10 anos, quando você avalia a compra de uma ação, independente se pretende investir no curto ou longo prazo, é muito importante entender o momento daquele ativo para maximizar seu retorno. Portanto, indicadores são imprescindíveis sempre, a diferença está em como utilizá-los e a leitura que você faz dos números para estar em linha com seu plano de investimento (longo, médio, curto ou curtíssimo prazo). Quando nós começamos a investir em ações aqui em MIOLODURO | Overclocking!, unimos os pontos de: empresas sólidas, indicadores e curto prazo, e estabelecemos nossa estratégia de ganhar 3% por semana (ou 1% ao dia), e então começamos a testar alguns indicadores para analisar os gráficos resultantes de algumas ações de empresas que julgávamos sólidas e que selecionamos para negociar. Acabamos decidindo por seguir com o IFR. Com este indicador, começamos a observar quando uma ação se encontrava perto do mínimo da semana, comprávamos e esperávamos a ação subir 3%. Não sei se tivemos sorte, ou se escolhemos os ativos muito bem, mas esse sistema funcionou por meses!

Fácil demais para ser verdade!

Outro ponto é que tínhamos uma variação desta estratégia que funcionava assim: deixávamos uma gatilho para vender a ação no mesmo dia caso ganhássemos 1%. Teve semanas que conseguimos esse Day Trade três ou quatro dias! A exceção é que não entrávamos vendidos, apostando na baixa do papel. Sempre esperávamos chegar no mínimo indicado pelo IFR, e entrávamos comprados. Tinhamos três ou quatro papeis que utilizávamos para esta estratégia, assim sempre tínhamos algum papel na baixa para investirmos. Nosso erro aqui (foram alguns, mas o mais sério), foi que não seguíamos uma regra tão clara e específica para sairmos do trade quando estávamos perdendo. Sabíamos que tínhamos que ter um "Stop Loss" e repeitá-lo, mas como ficamos muito confiantes com as ações que estávamos negociando (elas sempre voltavam), não configuramos a regra no sistema. Trabalhávamos com uma perda de 2% (se não me falha a memória), mas por diversas vezes não saímos do trade mesmo caindo mais do que isso.

Até que demorou um pouco, mas aprendemos a lição (da pior maneira, é claro!), pois o mercado é implacável se você trabalha só com a emoção. Continuando com nossa estratégia, certo dia encontramos uma oportunidade com o papel da Gerdau, que estava com um valor de mercado muito fora do real (na nossa avaliação). Então começamos a utilizar o mesmo processo de entrada e saída com este ativo, o funcionou nos primeiros dias, até que... houve uma venda de grande parte das ações para um grupo privado (não lembro direito), e as ações tiveram um split ou foram consolidadas... mas o fato é que o valor da ação baixou bastante, além de perder muito a liquidez. Estávamos certos de que as ações da Gerdau voltariam a subir, e estávamos com 100% do nosso capital investido no papel e não queríamos realizar o prejuízo. Ao mesmo tempo sabíamos que enquanto estivéssemos com o capital parado, não poderíamos voltar nossa estratégia para os papeis anteriores que estávamos acostumados, e que continuavam com o mesmo comportamento. Então depois de algum tempo, resolvemos vender e perdemos uma grande parcela do nosso lucro de meses.

Instinto, tem algum valor?

Quando estávamos posicionados com as ações da Gerdau, e aconteceu o que descrevi acima, tínhamos uma convicção: vai voltar! Tínhamos um acordo que escolheríamos empresas para investir que iríamos falir com elas se fosse necessário. Isto é, confíavamos com a empresa era sólida e que o máximo que poderia acontecer, era a empresa falir ou alguma catástrofe para que perdessemos nosso investimento. Caso contrário, ficaríamos com a ação até ela voltar. A Gerdau não faliu, não aconteceu uma catástrofe, mas o movimento dos acionistas foi um fato que desconhecíamos e teve um impacto negativo no nosso investimento. E no final, o que acabou pesando é que tínhamos as outras ações que estávamos ganhando com nossa estratégia fazia alguns meses, e nosso raciocínio foi que ao realizar o prejuízo, estaríamos evitando uma perda ainda maior; e ao mesmo tempo liberando nosso capital para recuperar o prejuízo com os antigos papeis. O que também não sabíamos na época, é que recuperar uma grande perda leva tempo! Demorou alguns meses para o ativo da Gerdau voltar ao patamar que compramos, e hoje acredito que teríamos dobrado (ou quase isso) nosso capital investido. Mas levando em consideração que tínhamos essa convicção (que voltaria), e que a Gerdau é realmente uma empresa sólida, ainda ficamos pensando: O certo era vender no momento que decidimos (que já havia passado do Stop Loss), ou esperar voltar? Van K. Tharp (autor que respeito muito), é bem claro: Cut your losses short! Então...


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